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IAB-MG apresenta os finalistas da premiação Viva o Mercado!

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Apreciação dos projetos selecionados por júri popular será realizada dia 27 de agosto

O IAB-MG apresenta dia 27/08, sábado, os projetos finalistas da premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Os 03(três) projetos escolhidos serão analisados por júri popular de acordo com o edital da premiação, o evento ocorrerá no Mercado Distrital do Cruzeiro a partir das 8h30min com encerramento previsto para as 17h. Atividades culturais terão parte no evento durante todo o dia.

Perante ao impasse gerado entre comunidade e prefeitura por conta da reação negativa por parte da sociedade civil ao projeto de revitalização proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Departamento de Minas Gerais do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB MG abriu a Premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Ver: Contra a Demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro

As inscrições para a premiação foram abertas no dia 06/06 e contou com 07(sete) projetos inscritos dos quais apenas os projetos de número 01, 03 e 06, foram selecionados, por, de acordo com a comissão julgadora, mais se aproximaram das diretrizes propostas pelo edital.

Projeto nº 01: João Antônio Valle Diniz e equipe: José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo).

A comissão julgadora avaliou que o ponto forte deste projeto consiste na proposição de uma nova edificação longitudinal ao terreno que oferece usos para garantir sua sustentabilidade econômica, e ao mesmo tempo, aproveita o talude que percorre o todo o terreno do Mercado do Cruzeiro lindeiro à Universidade FUMEC e ao Parque Amilcar Vianna Martins. A volumetria deste novo prédio se harmoniza à paisagem local e preserva satisfatoriamente os grandes vazios urbanos existentes ao redor do Mercado. As intervenções resolvem o programa de necessidades respeitando as principais visadas e se adéquam à escala do entorno e à paisagem urbana.

O projeto oferece alternativas de exploração econômica para o Mercado, cria um oásis verde com a proposição de uma praça pública no nível do mesmo, propõe a manutenção do prédio, liberando parte da fachada e resgatando a concepção original do mesmo. O projeto é propositivo com relação ao entorno ao apontar a requalificação de alguns espaços da Vila vizinha. Entretanto, a integração do projeto com o parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado é parcial, criando uma ruptura na continuidade espacial de suas áreas ao verticalizar parcialmente a edificação proposta no ponto de acesso à Rua Ouro Fino.

A linguagem arquitetônica é ponto marcante no projeto trazendo uma rica movimentação de elementos de circulação vertical e horizontal propiciando uma dinâmica ao conjunto proposto. No quesito estacionamento, item impactante e importante de ser solucionado nas proposições, o projeto atende ao estabelecido no edital e resolve a contento.

Projeto nº 03: André Luiz Prado e equipe: Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff,  Pedro Lodi e Rafael Gil Santos.

A comissão julgadora considerou que a organização espacial das intervenções são positivamente racionais, ou seja, oferecem clareza de leitura e funcionalidade aos seus usos. Por outro lado, os membros da comissão apontaram um excesso na altura do novo edifício em relação ao entorno. Este edifício aproveita o talude lateral existente entre a FUMEC e o Mercado com uma única edificação, liberando a visada do Parque Amilcar Vianna Martins. Quanto ao Mercado, propriamente dito, o projeto preserva a sua configuração original. A proposta não interfere diretamente no parque, resolve bem o estacionamento e dota o projeto de uma proposta logística com boa resolução de fluxos. Em termos de viabilidade financeira, a nova torre e as lojas no subsolo são soluções interessantes para permitir a sustentabilidade econômica do Mercado, possibilitando, ao mesmo tempo, a continuidade das funções hoje existentes. Pondera-se, entretanto, que as lojas âncoras propostas para o subsolo podem  instesificar, de maneira constante, o fluxo de veículos na região. Em termos de atendimento à demanda pela criação de novas vagas de estacionamento, o projeto atende a contento. A circulação vertical é outro item positivo na solução de projeto já que foi resolvida utilizando a estrutura da Caixa d’água existente como elemento de ligação entre a Praça do Mercado, o novo conjunto arquitetônico e o parque Amilcar Vianna Martins.

Projeto nº 06: Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade.

Este projeto propõe um conjunto composto por rampas de circulação, praças e mirantes que “abraçam” o Mercado, oferecendo uma estrutura plástica bem resolvida, com uma rica ambientação de espaços para os usuários. A flexibilidade de usos dos espaços propostos foi considerada como ponto relevante, pois, potencializa a instalação de variados eventos em seu complexo. As novas estruturas de uso se articulam de maneira amigável ao edifício do Mercado embora este tenha seu invólucro modificado. A comissão julgadora entende que o fechamento da Rua Opala limita o fluxo de circulação no bairro gerando entraves de circulação de pessoas e veículos no entorno. Além de resolver bem a demanda por vagas de estacionamento, a proposta melhora a articulação do Mercado com a Universidade e o parque Amílcar Vianna Martins.

No sábado os proponentes apresentarão seus projetos, de acordo com o edital, para apreciação dos moradores do bairro Cruzeiro e entorno e mais especificamente da ACOMEC – Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e AMOREIRO – Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro.


Colaboração editorial: Danilo Matoso


Filed under: MG, Notícias

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